Comerciante experiente Gelson da Farinha faz balanço dos avanços e dificuldades de Barrocas

Gelson da Farinha no seu comércio onde recebe e conversas com os barroquense - Foto Rubenilson Nogueira

O comerciante Gelson da Farinha, conhecido por sua experiência e olhar atento sobre a política local, fez uma avaliação dos 25 anos de reemancipação de Barrocas. Envolvido na história política do município, ele destacou avanços, mas também alertou para problemas que persistem e desafios que precisam ser superados.

Gelson lembra que a independência do município, conquistada em 2000, foi um sonho realizado, mas aponta que a população ainda é dependente de cidades vizinhas. “Temos que abater nossos animais em Serrinha. Não temos banco. Quando precisamos resolver algo com Embasa, Coelba ou INSS, é só em Serrinha. O município se tornou independente, mas os cidadãos ainda não”, pontua.

Apesar disso, ele reconhece os esforços feitos ao longo dos anos para estruturar a cidade. “Temos um dos municípios mais pavimentados da região, com belas praças. Mas de que adianta se muitos pais não podem usufruir disso com seus filhos porque precisam viajar para trabalhar?”, questiona, reforçando a necessidade de mais oportunidades de emprego em Barrocas.

Gelson atendendo seus clientes - Foto Rubenilson Nogueira

Ao avaliar os gestores que passaram pela Prefeitura, Gelson destaca que o primeiro prefeito teve um olhar voltado à capacitação profissional, mas lamenta que isso não teve continuidade. Sobre o segundo prefeito, ele comenta: “Teve oito anos para aprender e espero que tenha aprendido, porque em oito anos se forma um médico, um engenheiro, um padre. Espero que agora esteja preparado”. O terceiro gestor, segundo ele, trouxe esperança, prometeu emprego e trouxe uma fábrica, mas a estrutura não se sustentou. O atual prefeito, que retorna ao cargo, tem experiência e não pode errar. “Agora, os erros e acertos serão 100% atribuídos a ele.”

Para o futuro, Gelson espera avanços concretos. “Precisamos de cursos profissionalizantes, um matadouro municipal, um banco de verdade, uma delegacia com delegado fixo, mais estrutura para nossos policiais trabalharem sem interferência política e tudo o que uma cidade precisa para ser realmente independente.”

A visão de Gelson da Farinha reflete os anseios de muitos barroquenses. Celebrar 25 anos de reemancipação é reconhecer conquistas, mas também identificar os desafios que ainda precisam ser superados para garantir um futuro mais promissor para o município e sua população.

@ Nossa Voz - Por Rubenilson Nogueira