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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

MP investiga cerca de 60 policiais por envolvimento com milícias em cidades baianas

Policiais do Gaeco durante ação - Foto: Reprodução
Nos últimos três anos, 67 policiais foram identificados como alvos das operações do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), sob suspeita de integrar milícias ou grupos de extermínio. O levantamento realizado pelo jornal O Globo em conjunto com o MP-BA revela que essas quadrilhas formadas por agentes de segurança estão presentes em 16 cidades que se estendem desde o Norte até o Sul do estado.

A investigação revela que as organizações atingem desde grandes municípios até pequenos povoados em áreas rurais, incluindo Acajutiba, Água Fria, Barreiras, Camaçari, Cansanção, Feira de Santana, Inhambupe, Itabuna, Juazeiro, Lamarão, Paulo Afonso, Piatã, Santaluz, Santa Maria da Vitória, Santo Estevão e Valente.

O cenário apresenta aumento expressivo no número de policiais acusados de integrar milícias em 2023. Esse aumento coincide com a escalada das mortes em operações policiais na Bahia nos últimos anos, conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que indicam um aumento de homicídios decorrentes de ações policiais de 773 em 2019 para 1.464 em 2022.

Dentre os casos emblemáticos, destaca-se o sequestro e assassinato do mototaxista Alex Cirino em Paulo Afonso, onde membros de uma milícia formada por policiais militares foram acusados pelo Ministério Público. 

@ Nossa Voz com informações do MP

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