Com proposta de desenvolver luvas a partir da produção de bioplástico vindo da Agave sisal, oito jovens de um colégio estadual do município de Araci, estão entre os dez finalistas da 9ª edição brasileira do Solve For Tomorrow, programa global de cidadania corporativa da Samsung. O projeto tem como proposta estimular alunos e professores da rede pública de ensino a desenvolverem soluções para problemas locais por meio da abordagem sustentáveis, utilizando a ciência, tecnologia, engenharia e a matemática como fundamentos. O Norte e Nordeste são as regiões com mais projetos finalistas nesta edição.
Sob orientação da professora Pachiele Cabral, os alunos Adrielle Pietra, Luan Santos, Maria Isabella, Isabel Silva e Sarah Moura, do Centro Territorial de Educação Profissional do Sisal II, decidiram elaborar o projeto após perceberem o grande número de luvas descartadas nas aulas práticas do curso de análises clínicas. Com fim de reduzir o acúmulo de lixo desse material, começaram a pensar em soluções.
"Aqui em nossa cidade produzimos bastante sisal, o nosso ‘ouro’ local. A fibra dele é usada para artesanato. Por isso, tivemos a ideia de produzir um bioplástico a partir do sisal e, com esse bioplástico, produzirmos luvas que poderiam substituir as luvas descartáveis. Colocamos a mão na massa para produzir o bioplástico, fizemos vários testes até chegar ao nosso resultado final", afirma a professora, pós-graduada em Microbiologia.
Com o projeto ainda em andamento, a equipe já conseguiu desenvolver o bioplástico feito de sisal e as luvas devem ser testadas muito em breve. "Pretendemos testar a qualidade da nossa luva para ajustarmos as necessidades e fazer os testes de resistência, flexibilidade e contaminação microbiológica. Ao final do projeto esperamos ter uma luva que seja segura e confortável para o usuário, mais barata e mais biodegradável que a luva descartável comercial", afirmou.
Para Luan Santos, integrante da equipe, a experiência é um desafio que o mesmo está adorando participar. "Estou muito feliz em estar participando da equipe, para mim isso tudo é novo, primeiro ano do projeto já estarmos na final, é muito gratificante. Minha expectativa é ficarmos em 1° lugar no programa da Samsung ou entre as 3 posições", afirmou.
Para Maria Isabella, uma das partes mais desafiadoras do projeto foi criar uma base para o material. "O desenvolvimento do bioplástico foi um pouco complicado para criar a metodologia, pois não existia um bioplástico da agave sisalana, então tivemos que criar", pontua.
Conforme o cronograma da edição, as 10 equipes finalistas devem produzir um vídeo falando sobre seu projeto. Os vídeos estarão disponíveis no site do programa para serem votados de 8 a 20 de novembro e, assim, definir os 3 projetos vencedores.
@ Nossa Voz - Com informações do Bahia Notícias
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