Driele Veiga, jornalista da TV Aratu, lamentou o xingamento que recebeu do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na segunda-feira (26) durante evento de duplicação de parte da BR-101, no município de Conceição do Jacuípe, na Bahia. Na ocasião, a repórter do programa ‘Que Venha o Povo’ foi chamada de “idiota” pelo mandatário.
“Uma mulher em pleno exercício da função ser chamada de idiota por um presidente da república, é um fato a se lamentar. Como disse o filósofo Nietzsche: “O poder embrutece”. A autoridade representou no xingamento uma sociedade com uma estrutura ainda sexista e patriarcal em que homens acham que vão conseguir intimidar uma mulher com agressão verbal e/ou atitude desrespeitosa”, lamentou Driele.
“A mim o xingamento não ofendeu. Só mostrou que estava no caminho certo. Sou jornalista e estou aqui para perguntar, por mais que a indagação incomode. Se fosse para agradar o entrevistado eu não seria jornalista e sim publicitária. Só para lembrar que essa não é a primeira vez que o presidente faz isso com a imprensa. A jornalista Patrícia Campos Melo foi ameaçada de morte e teve a família perseguida. Escreveu o livro “A Máquina do Ódio” onde relata sobre os ataques dele aos jornalistas. Gratidão a todas as mensagens de carinho e apoio e ao @sinjorba pela nota de repúdio”, completou.
O momento que a jornalista baiana é xingada, foi transmitido ao vivo pela TV Aratu, e aconteceu logo após ela questionar o presidente sobre uma foto em que ele aparece segurando uma placa “CPF cancelado” ao lado do apresentador Sikêra Jr. “A senhora não tem o que perguntar não? Deixa de ser idiota”, disse Bolsonaro para Driele Veiga.
Autoridades políticas da Bahia, como governador Rui Costa (PT), o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), criticaram a fala de Bolsonaro. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba) também lamentou o fato e publicou uma nota contra o ataque.
@ Nossa Voz - Com informações do site bahia.ba
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