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domingo, 22 de março de 2020

Longe de casa, distante da família, trecheiros barroquenses vivem momentos de tensão e procupação

Adão Lima ao centro de capacete , junto com outros operários barroquenses
Foto: Reprodução
Se para os que estão em sua terra natal, em casa e ao lado da família, esse é momento difícil, imaginemos o que estão passando aqueles barroquenses que neste momento de incertezas e dúvidas, medo e apreensão, estão a milhares de quilômetros de distância da sua cidade. Esta é a realidade de muitos profissionais barroquenses, os chamados trecheiros que se encontram fichados em diversos estados do Brasil, inclusive em regiões onde existem situações extremas de propagação do Coronavírus (Covid-19), e com a suspensão das atividades, alguns estão confinados, com medo, saudade e bastante preocupação.  
"Estamos aqui desde ontem esperando a empresa liberar a passagem para nós viajarmos, mas ela não liberou ainda, estamos tipo de quarentena. Estamos aflitos, com medo de contrair o vírus e morrer aqui", relatou no sábado (21) um Carpinteiro que esperava a confirmação da viagem de Lajes no Estado de Santa Catarina para Barrocas. Ele preferiu que não fosse identificado.

Edilberto Ramos
Outro barroquense que se encontra no Estado de Minas Gerais, relatou situação e rotina de trabalho: "A empresa suspendeu 50% das atividades, só tá trabalhando 50%. No ônibus tem que ficar 2 metros de distância um do outro, no café e almoço temos que ficar 2 metros um do outro", relatou o montador de andaimes Edilberto Ramos, 39 anos, o conhecido Beto de Júlio.

O carpinteiro, Adão Lima dos Santos, conhecido Adão da Barreira, 42 anos, que se encontra em Balneário Camboriú, também em Santa Catarina, comentou sobre a situação dos barroquenses que trabalham lá: "Aqui  tá muito complicado, parou tudo desde quinta-feira, mas nós estamos bem", a cidade turística localizada à cerca de 2.500km de Barrocas, segundo Adão já tem 6 casos confirmados do (Covid-19). O carpinteiro que trabalha junto com outros 15 barroquenses na construção de um prédio, disse que pretende retornar para Barrocas em cerca de 90 dias. 

Vários trecheiros já retornaram, outros estão a caminho de casa e são aguardados pelos familiares, que também vivem momentos de preocupação diante da possibilidade de fechamento completo das rodovias para transporte de passageiros e além dos aeroportos que podem ter vôos suspensos. 

@ Nossa Voz da Redação. - Por Rubenilson Nogueira

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