Ryan Trabuco de camisa rosa ao centro - Imagem Reprodução. |
O motorista Ryan Trabuco de Queiroz Oliveira, 27 anos, participou na quarta-feira (21), dos protestos organizados pela categoria contra a lei que endurece punições para o chamado transporte pirata no Brasil.
Sancionada sem vetos pelo presidente Jair Bolsonaro, a Lei 13.855, aumenta a punição para os motoristas que trabalham no transporte de passageiros de forma alternativa. A norma é baseada em projeto de lei apresentado pelo deputado Daniel Coelho (Cidadania-PE). O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 109/2017, aprovado pela Câmara dos Deputados em 2017 e pelo Senado no mês passado, altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503, de 1997).
Segundo a lei, o transporte pirata — seja de ônibus ou van escolar sem autorização ou transporte remunerado de pessoas ou bens — passa a ser classificado de infração gravíssima, com multa (multiplicada por cinco, no caso do escolar) e perda de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação, além da remoção do veículo como medida administrativa. As novas punições entram em vigor em 90 dias a contar desta terça-feira. Hoje o Código de Trânsito Brasileiro classifica o transporte escolar ilegal como infração grave, e o de pessoas e bens, como infração média.
Imagem Reprodução |
Ryan saiu de Barrocas na madrugada da terça-feira, deixou o Distrito Federal na noite de ontem. Ele trabalha com transporte alternativo há 9 anos, seguindo a profissão do pai: "Isso é um absurdo essa lei, o que ele está querendo fazer com a gente. Uma coisa que não merecemos, somos trabalhadores, somos gente de bem, honesto. Se a gente tem o transporte alternativo, a pessoa tem a opção de escolher com quem ela vai viajar, se ela vai de ônibus ou no transporte alternativo. Isso é uma situação que vai gerar muito desemprego, mais do que o que já tem, eu mesmo um jovem que dediquei toda minha experiência à minha profissão, e assim venho tentando construir o meu futuro e agora parar, parar para fazer o que?" Questionou Ryan.
Motoristas de todo Brasil foram à Brasília tentar reverter a situação. Segundo o motorista barroquense, a classe quer se regularizar, podendo até pagar impostos se necessário for: "A gente quer sim regularizar, se for o caso de pagar imposto a gente vai pagar, se for o caso de criar cooperativas e empresas a gente vai criar, a gente tá disposto a trabalhar" afirmou.
O barroquense foi a Brasília com apoio de comerciantes e lideranças políticas locais.
@ Nossa Voz - Por Rubenilson Nogueira
Sem comentários:
Enviar um comentário