O mês de dezembro começa e, com ele, cresce a sensação de 'descuido' em Barrocas. A gestão do prefeito José Jailson de Lima Ferreira, que tanto ostenta o slogan “responsabilidade, competência e trabalho”, parece ter se rendido à apatia após o insucesso nas urnas. Desde a derrota de seu candidato os problemas se avolumam — literalmente. O lixo se acumula em alguns povoados, entulhos decoram os cenários, e a coleta tornou-se evento incerto, tudo enquanto a indignação da população se torna cada vez mais audível.
A situação se agrava para estudantes do município. Comenta-se que o transporte escolar, que deveria ser mantido para atender alunos de faculdades e escolas técnicas como o IFE e o CETEPS, pode ser suspenso após o fim das aulas da rede municipal. Essa incerteza deixa famílias preocupadas, já que o direito à educação vai além do calendário da gestão local. Interromper esse serviço seria mais uma marca de descaso que reforça o descontentamento com o governo atual.
Afinal, o que justificaria essa postura? Seria uma revolta com a derrota? Uma tentativa de dificultar a vida do sucessor? Ou apenas o retrato fiel de uma gestão que já vinha deixando a desejar em alguns setores? Não bastassem os jardins desidratados, algumas ruas escuras e obras prontas que aguardam uma fita inaugural, servidores reclamam de atrasos nos vencimentos e na regularização do FGTS. O que dizer, então, de um prefeito que recebe mais de oito milhões de reais mensais nos cofres municipais, mas não entrega nem a festa de Réveillon?
O eleitorado, tanto o que disse “não” quanto o que ainda apoia o atual governo, se pergunta: por que a cidade está pagando esse preço? A gestão municipal não termina no dia das eleições; o mandato, que é concedido pela população, só expira em 31 de dezembro. Permitir que serviços básicos sejam negligenciados por conta de suposta mágoas políticas é, no mínimo, um desrespeito a todos os barroquenses.
O que fica claro, ao fim, é que perder uma eleição não deveria significar perder o compromisso com o município. A responsabilidade de um prefeito vai além do poder; ela é com a história que ele deixa. E, ao que tudo indica, Jai de Barrocas optou por um final de mandato onde o slogan parece cada vez mais distante da realidade que ele entrega às ruas e aos povoados de Barrocas.
Por Barroquinha
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