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sexta-feira, 28 de junho de 2024

Em ano eleitoral prefeitos aumentaram bastante os gastos com artistas no São João da Bahia, revelou reportagem da Folha de São Paulo

Cantor Gusttavo Lima teve o maior cache - Foto: Reprodução/Instagram/gusttavolima
Em reportagem recente da Folha de São Paulo, foi revelado que prefeitos de diversas cidades da Bahia intensificaram os gastos públicos com a contratação de artistas para os festejos juninos de 2024, ano marcado pelo contexto eleitoral. De acordo com o Painel da Transparência dos Festejos Juninos do Ministério Público baiano, os municípios e o governo estadual desembolsaram um total de R$ 364 milhões para 3.356 apresentações, resultando numa média de R$ 108 mil por show contratado, mais que o dobro do registrado no ano anterior.

Entre os municípios analisados, destaca-se Banzaê, no sertão baiano, onde a prefeitura dirigida por Jailma Dantas (PT) gastou expressivos R$ 1,78 milhão com shows, valor superior ao orçamento anual destinado à cultura. A cidade também foi palco de uma das maiores atrações financeiras, com R$ 900 mil investidos na performance de Wesley Safadão para os festejos de São Pedro, parte do montante proveniente de convênio com o governo estadual e recursos próprios.

Além dos recursos locais, os festejos juninos contaram com apoio significativo do Ministério do Turismo e aportes de emendas parlamentares, como os R$ 1,9 milhão do deputado federal Gabriel Nunes (PSD). Wesley Safadão, por exemplo, acumulou cachês milionários em diversas cidades baianas, totalizando R$ 8,2 milhões, enquanto Gusttavo Lima se destacou com um pagamento de R$ 1,1 milhão realizado pela prefeitura de Luís Eduardo Magalhães.

Apesar das críticas quanto à magnitude dos investimentos durante o período eleitoral, gestores como os de Candeias, que gastou R$ 6,1 milhões, defendem que tais eventos não são vedados por lei e têm impacto econômico positivo, gerando empregos e movimentando o comércio local. O Ministério Público ressaltou que o Painel da Transparência visa ampliar o controle social sobre os gastos públicos, sem emitir juízo sobre sua legalidade ou eficiência.

@ Nossa Voz - Com informações da Folha de São Paulo

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