Como a ação aconteceu na troca de turno, quem chegava para trabalhar era feito refém. |
"Eu fiquei em pé, só escutava o som dos tiros e via as balas passando perto. Os tiros batiam no chão e jogava terra na gente".
Os reféns ficaram sob a mira de um grupo de criminosos no acesso às instalações da mineração. Esses homens foram os que deram suporte a outro grupo que invadiu a unidade, e quando a Polícia chegou ao local, eles usaram os reféns como escudo durante a troca de tiros. Partes dos acessos ao local, foram bloqueados por veículos em chamas (ver aqui).
O refém contou que ele e outros colegas, ficaram sem camisa e tiveram que permanecer de mãos dadas e colocadas para cima. Alguns reféns passaram mal e só assim receberam permissão para sentar, mas continuaram sob a mira das armas. O barroquense disse que os ladrões usavam capuz, luvas e armas de grosso calibre. Outro barroquense usado como escudo, ficou com uma arma sobre o ombro enquanto era disparado tiros contra a policia: "eles atiravam e xingavam a policia dizendo traz a .50 pra esses v****, porque dessas eles não tem" contou ainda abalado.
Após a fuga dos bandidos com os onze reféns, vários trabalhadores da mineradora ficaram deitados ao solo temendo pela vida dos demais: "Na fuga um colega foi pendurado na porta, outro quando a gasolina acabou ficou na mira da arma ajudando a abastecer. Depois ordenaram que a gente seguisse em fila com a mão na cabeça e mandou embora" relatou o refém que foi em cima de uma picape.
O grupo foi deixado em uma estrada vicinal próximo ao distrito de Poço Grande no município Araci, de lá caminharam a pé até encontrar ajuda.
O SINDIMINA, sindicato da categoria, divulgou nota em solidariedade aos profissionais:
O grupo foi deixado em uma estrada vicinal próximo ao distrito de Poço Grande no município Araci, de lá caminharam a pé até encontrar ajuda.
O SINDIMINA, sindicato da categoria, divulgou nota em solidariedade aos profissionais:
"O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração, Pesquisa e Benefício de Ferro, Metais Básicos e Preciosos de Serrinha e Região (SINDIMINA), divulgou uma nota de solidariedade as vitimas da ação criminosa. Leia:
O Sindimina-BA presta sua solidariedade a todos os trabalhadores da Mineração Fazenda Brasileiro que no seu labor diário foram vítimas nesta madrugada (26) da violência desmedida que assola o nosso país. Pais e mães de família que tem na Mineração o seu sustento e que passaram por momentos terríveis, inclusive alguns sendo feitos refém, promovidos por um grupo de bandidos fortemente armados que empreenderam assalto a Mineradora.
O Sindimina está a disposição desses trabalhadores e prestará o apoio necessário para tornar esse momento o menos traumático possível", afirma a nota.
@ Ronda A Nossa Voz - Por Victor Santos
Colaborou Rubenilson Nogueira
Colaborou Rubenilson Nogueira
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