Foto Daniele Oliveira |
Leide Pereira, 32 anos, viajou junto com outros quatro missionários brasileiros, foram 22 horas de voo até o destino, ao chegarem no Nepal todos foram bem acolhidos pelo povo local. Uma casa simples seria a partir de então, moradia e casa de evangelização. Grandes desafios estavam por vir, pois um terremoto havia matado mais de 8.500 (oito mil) pessoas.
Formada em Psicoteologia, Leide passou por um longo período se preparando para a missão, em um dos treinamentos viveu em Belo Horizonte-MG, onde morou em um colégio interno durante dois anos juntamente com outros jovens de várias partes do Brasil e de outros países. A barroquense que vivia em São José dos Campos - São Paulo, deixou família, estudo, namoro e uma vida independente para a missão de evangelizar em um país distante e se reestruturando do terremoto.
"Não foi fácil", diz a jovem, segundo ela, as principais dificuldades foram o choque cultural e o idioma. A língua oficial do Nepal é o nepali e a segunda mais falada é o inglês, Leide contou que foi difícil se adaptar a linguagem, além de ter de se acostumar com terremotos de baixa escala e aceitar que tinha a possibilidade de morrer a qualquer momento. Foram muitos desafios inclusive em relação a energia; "porque la só tem 4 horas de luz por dia e eu tinha castrofobia, mas eu fui curada no Nepal, foram mais de sete meses nessa rotina que acabei acostumando” revelou.
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Leide é missionaria de família evangélica, o pai o senhor José Pereira, o conhecido Careca é pastor; "o missionário é aquele que é enviado para uma missão e a minha no Nepal era servir, eu queria servir aquelas pessoas, ver as necessidades deles e ajudar, mas não tinha ideia de quantas eram as necessidades deles, a gente pensa em fazer uma coisa muito grande, mas era de coisas bem simples que eles precisavam, eu me sentia muito realizada, quando você está lá servindo e ver a felicidade das pessoas que você pode ajudar, é uma alegria”.
No Nepal a barroquense trabalhava em dois orfanatos cuidando de crianças órfãs que perderam seus pais no terremoto, o trabalho muitas vezes era realizado nas montanhas; "conheci pessoas que ainda moravam nas cavernas, lá é um lugar de difícil acesso foram 9 horas de ônibus até o local, mais 5 horas de caminhada passando 42 vezes pelo rio , escalando montanhas, teve chuvas fortes com muitos raios e trovões, um dos rapazes que estava na nossa equipe ajudando a levar comida morreu atingido pelo raio” lembrou emocionada.
Na preparação para a viajem surgiram a preocupação com os recursos financeiros, mas a missionária contou com apoio de pessoas que nem conhecia; “Deus preparou uma empresaria que nunca tinha mim visto na vida, ela me manteve todos esses dois anos na escola e para me ir ao Nepal eu precisava de mais recursos porque só as passagens eram R$ 7.000 (sete mil reais) mais o seguro que era quase R$2.000 (Dois mil reais) e os vistos, eu precisava para chegar no nepal pelo menos de R$ 10.000 (dez mil reais) e eu não tinha dinheiro nenhum, mais Deus usou algumas pessoas e eu ganhei todo recurso, foram 22 horas de voo”.
"O Nepal é um pais que não existe escola publica, não existe hospital publico, tudo é pago, então os missionários quando são enviados montam ONG'S, distribuem comida, ajudam nas escolas até formar na faculdade fazem praticamente tudo e então com uma simples ação eles mudam a historia de muitas pessoas". explicou Leide.
Segundo a missionária, o salario minimo no Nepal não chega nem a R$300,00 (trezentos reais) então é uma realidade muito diferente do Brasil, o Nepal é também o 2° pais do mundo que mais tem água, porem lá não existem hidroelétricas não tem estrutura para distribuir essa água corretamente e por conta disso a maioria das pessoas sofrem por falta de água; “Eu mesma fique na montanha 4 dias sem banho não tinha água a gente levou água mineral, mas acabou tivemos que tomar água de lá, uma das minhas amigas passou mal” lembrou.
A barroquense lembra, que os Nepalenses são bem receptíveis e amáveis, o pais tem muita criança e jovens, lá os turistas são considerados ricos e são tratados como o centro das atenções. A moeda do pais é a rupias e tem valor menor que o real, o pais tem receita através do turismo por ser muito religioso, são mais 30.000.000 (trinta milhões) de deuses que eles adoram.
“Temos um período para voltarmos ao Brasil, meus amigos foram embora eu fiquei sozinha chorei muito foi difícil por que eu estava em um pais que mal falava a língua, mais eu comecei amar aquelas pessoas então eu disse, não eu vou seguir pois foi Deus colocou essa missão esse desejo no meu coração” lembrou.
A jovem conseguiu completar a missão que teve fim em Novembro de 2016, onde ela voltou aos seminários para fazer os relatórios e veio matar a saudade dos familiares na sua terra natal, "tô amando passar esses dias em Barrocas, rever a família e descansar um pouquinho para retornar a São Paulo para juntamente com os meus lideres decidir a qual pais irei em nova missão".
@ Nossa Voz / Por Daniele Oliveira / Colaborou Rubenilson Nogueira e Victor Santos
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