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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Água deve demorar de cai nas torneiras da região de Barreira, zona Rural de Barrocas

Tanque da casa do Sr. Damião Sambador precisa constantemente ser
abastecido
Famílias que aguardam pela conclusão do projeto que pretende levar água encanada para os povoados da região de Barreira, convivem com a falta do líquido precioso, principalmente aquelas que não conseguiram cadastro junto ao carro pipa do exército. 

Em recente visita ás localidades de Barreira I, Barreira II, Baraúna do Rumo, Coalhada, Jenipapo, Malhada Redonda e Periquito, na quinta-feira (01) nossa equipe conversou com alguns moradores, segundo eles, á vários dias as máquinas não são vistas trabalhando. 

A obra iniciada em 12 de maio de 2014 , passou por dificuldades em virtude do terreno rochoso, por isso os trabalhos chegaram a ser paralisados. Em maio deste ano chagaram ao município para a escavação do trecho, maquinário pesadas contratada pela EMBASA, no dia 8 do mesmo mês foram reiniciados os trabalhos. 


Única cisterna da casa de Mariana Sampaio da Silva
Diante do atraso, a situação dos moradores só não é pior por conta da instalação de 1020 cisternas de polietileno nas casas das famílias, através do investimento do Governo Federal. Porém a dependência aos serviços dos caminhões pipas continua, e nem sempre a água chega à tempo.

Nos fundos da casa da aposentada Maria das Virgens dos Santos, de 89 anos, moradora do povoado de Baraúna do Rumo, o único tanque que armazena água potável está nos últimos centímetros, e mesmo assim será usada para consumo nos próximos dias; "Agora vou ter que pedir um caminhão pipa de água para os próximos dias", como não foi cadastrada, a Senhora Maria precisa pagar por cada fornecimento, em média de R$ 80,00 à 100,00 reais. 



A algumas semanas atrás a equipe da empresa responsável pela instalação das caixas que em seguida receberão o hidrômetro, informaram a moradora que ela precisa adquirir a tubulação para levar a água para dentro da casa; "a gente tem esperança, eles garantiram que teria água". A informação renovou as esperanças da idosa, mas o seu semblante é de preocupação. Questionada sobre os trabalho das máquinas respondeu; "Já faz mais de 15 dias que as máquinas passaram por aqui". 


Distante de realizar o sonho de ver jorrar água das torneiras, como acontece na sede e maioria dos povoados do município, o Sr. Damião Silva dos Santos, conhecido como Damião sambador, 71 anos, morador da Barreira 1, comprou recentemente um caminhão pipa para abastecer os reservatórios, segundo ele a água deve durar cerca de 15 dias, pois além de atender sua casa, forneceu para mais três familiares. 

O tanque de aproximadamente 12 mil litros e a cisterna de polietileno armazenam a água para consumo e atividades diárias, uma ajuda e tanto; ‘aqui tem doze pessoas, então tem muita coisa pra fazer, e a água acaba logo, mas seria pior sem esses reservatórios’. Pela via de acesso à residência do agricultor, as máquinas já escavaram e os canos foram instalados, a expectativa da família é grande.

Mariana Sampaio da Silva, 28 anos, lamenta que a tanto tempo ela e sua família precisa recorrer aos reservatórios abastecidos através de caminhões pipas cedidos para realizar a operação. Segundo ela falta água até para lavar as roupas do filhos, Mariana tem uma bebê com 21 dias de vida e a outra filha de 2 anos. 

A única cisterna da família não deve durar até a próxima quarta-feira; ‘meu marido já foi na rua ver se consegue um caminhão pipa com água, porque o que tem aqui deve dar até semana que vem, foi o que ele disse a mim’. Caso a água acabe a família será obrigada a pegar água do tanque de terra de familiares, como faz o jovem Júlio que mora a alguns metros. 

Como a cisterna de polietileno secou há 20 dias, para suprir a necessidade de água para os afazeres domestico o carpinteiro Júlio da Silva Pereira, 24 anos, conhecido como Juro, morador da Barreira I, caminha por cerca de 300 metros até o único tanque de chão, na maioria das vezes ele utiliza uma carroça ou um carro de mão.

A água barrenta e com golfos é a saída para ajudar na limpeza e atividades do lar, o carpinteiro diz não ter previsão de quando o caminhão pipa vai passar para abastecer seu único reservatório. 

Nem só as famílias passam por dificuldades para ter água em casa, a maior escola pública da zona rural, funciona no Povoado de Barreiras, a Escola João Francisco Pereira recebe água por meio de caminhão pipa semanalmente, e de acordo com informações o posto de saúde e associação dependem do mesmo serviço. 

O balanço geral sobre a distribuição de águas por carros pipas, informado no site oficial do Governo Federal, mostra que além de Barrocas, mais 213 municípios são atendido por ‘pipeiros’ contratados para distribui água potável a população situada nas regiões afetadas pela seca ou estiagem. A ação é uma parceria do Ministério da Integração Nacional, por meio da Secretaria Nacional de Defesa Civil, com o Exército Brasileiro.

Leia também; Retomada as escavações para levar água encanada para região do Povoado de Barreira


@ Nossa Voz - Da Redação - Por Victor Santos

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