Neste sábado (11) não está sendo fácil para o barroquense encontrar carne bovina no mercado de carnes em Barrocas, segundo os magarefes, a carne entregue pelo Frigorífico neste madrugada estava com mau cheiro e tinha aparência estranha, boa parte com coloração azulada.
Magarefe Otávio foi um dos primeiros a perceber que a carne não esteve em boas condições |
Dos 17 bois abatidos no frigorífico, segundo os magarefes, só 5 deles as carnes estavam em condições de serem comercializadas, com isso a grande maioria dos profissionais não tiveram carne bovina para atender os clientes. O senhor Natalício da Silva, conhecido como Natal Vaqueiro, 57 anos, contou como percebeu que a carne estava imprópria para consumo; “Eu fui abrir o boi na madrugada e quando cortei o cupim vi que tava estragado, logo percebemos que não era só o cupim, toda carne estava podre” relatou, ainda segundo Natalício na banca onde comercializa carnes com o senhor José Evangelho, o popular Didi, hoje os clientes encontram apenas carne de carneiro e porco.
Natal não foi o único que ficou sem a carne bovina, Nelson Avelino de Queiroz, conhecido Nelsinho também teve que devolver a carne ao perceber o seu estado; “A cerne veio com mau cheiro, ao perceber ligamos para o frigorífico para devolver, só minha foi mais de 300 quilos de carne devolvidos, então precisamos ver isso pois o prejuízo passa de 4 mil reais, vamos lá na segundo feira para ver o que vão nos dizer”, segundo o magarefe, eles esperam serem ressarcidos pelo frigorífico.
O senhor José Lima, conhecido como Zé Rico, 73 anos, conta que trabalha no açougue desde os 16 anos de idade e nunca passou por uma situação dessas; “O cliente procura e não temos a carne para vender, é uma situação difícil que eu nunca vi, agora vamos ver o que tem que fazer pois só minha foram 16 arroubas estragada, não podemos ficar com esse prejuízo” lamentou.
Professor Robson e Magarefe José de Zeca |
Os clientes também lamentam o ocorrido, o professor Robson Queiroz contou que sempre costuma comprar carnes de boi, carneiro e porco; “Eu fui pego de surpresa, nem sei bem o que vou fazer, mas talvez substitua a carne de boi pelo frango”.
O magarefe Clécio para não deixar os seus clientes na mão, disse que optou por comprar alguns quilos dos colegas, mas não foi o suficiente para atender a todos; “Acabou num instante, a banca já está fazia”, pouco depois das 7 da manhã já não havia carne na banca do magarefe.
Clécio Queiroz |
Tentamos contato com o Frigoserra responsável pelo abate dos animais na cidade de Serrinha, mas não conseguimos falar com os responsáveis, segundo informações apuradas no açougue, a justificativa é que houve um problema no fornecimento de energia. Porém um magarefe questionou o motivo da carne ter saído do local mesmo estando estragada; “eles tem um veterinário que trabalha só nisso, como foi permitido que a carne naquele estado fosse entregue para comercialização” questionou.
@ Nossa Voz – Por Rubenilson Nogueira
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