São casas, edifícios, hospitais, aeroportos, escolas, igrejas, pontes, estradas, tudo isso faz parte da engenharia e são construídos com supervisão de um engenheiro, mas para tanto ele precisa de uma boa equipe, e nessas equipes há sempre barroquenses ocupando cargos que vão desde aos operários à supervisão, como exemplo o Encarregado Geral José Pereira dos Santos que na última edição do JANV impresso, contou um pouco da sua história.
Através dele homenageamos todos os engenheiros, principalmente os que em sua equipe tem barroquenses, homens que distante da família contribuem para o progresso do nosso país.
A entrevista foi para o quadro 'Profissões', no qual José Pereira dos Santos, barroquense muito respeitado em todas as obras que participou contou sua história ao longo de 38 anos de profissão.
José Pereira dos Santos, 57 anos, conhecido como José
Pereira ou Careca é o mais velho entre 10 irmãos, vindo de uma família
tradicional de trecheios começou a trabalhar desde cedo, na infância caminhava
12 km por dia do povoado de Barreira até o armazém de sisal onde era um dos muitos funcionários. Em sua vida nada foi fácil, na fase da adolescência fabricou e
vendeu picolé e trabalhou em uma padaria. José Pereira lembra com exatidão sua
primeira obra, onde foi contratado para trabalhar como servente no dia 21 de abril de
1977, empresa EBE-Empresa Brasileira de Engenharia.
Sua experiência e
conhecimento lhe deram a oportunidade de trabalhar nas maiores obras de
construção civil pesada do país, a exemplo da Obras da Celulose, Vale do Rio
Doce - Projeto Ouro (MFB); Aracruz Celulose no Espírito Santo; Bahia Sul em
Muruci-BA; Papel Celulose Catarinense (PCC); ACENIBRA Papel Celulose MG; Arena
Grêmio – Porte Alegre e Obra Rodoanel em Cachoerinha-SP.
JANV: Como e com quem aprendeu esta profissão?
José Pereira: Comecei com o sub-encarregado chamado Zé de Nico que se
interessou muito em me ensinar o projeto e o desenvolvimento da obra, deixando
às vezes em minha mão a responsabilidade como CBT-Cabo de Turma. Depois fui
para Ferrovia do 'AS' e lá me entregaram uma grande turma para tocar um viaduto,
trabalhando às vezes o dia e a noite.
JANV: Há quantos anos trabalha nessa área?
José Pereira: Já são 38 anos de profissão, onde atualmente estou fichado
na obra Rodoanel em Cachoeirinha- SP pela empresa OAS.
JANV: Quais os desafios encontrados nos dias atuais?
José Pereira: Nossa responsabilidade com a segurança e meio ambiente. Nas
obras que toquei sempre fui muito respeitado, por várias vezes resolvi
problemas como greve por ser muito respeitado no meio da construção.
JANV: Com o avanço da tecnologia, em sua opinião, quais são os pontos
negativos e positivos em seu trabalho?
José Pereira: Com minha experiência eu vejo mais por tocar a obra em loco,
ou seja, ou seja a feita no local, diferente da pré-moldado.
JANV: Se pudesse escolher outra profissão, qual seria?
José Pereira: Não teria outra profissão, pois minha vida foi dedicada a
obras.
JANV: Já pensou em abandonar suas atividades? Por quê?
José Pereira: Não, porque a obra para mim é tudo, a construção civil é
tudo. Tenho orgulho do meu trabalho que com grande experiência toquei a obra da
Arena Grêmio, que foi uma das grandes obras que participei em minha vida
Entrevista: Victor Santos Jornal @ Nossa Voz Impresso
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