No estaleiro onde batem o ponto pra ir pro campo |
Para trazer essa realidade conversamos com o operário Dejan Ferreira 27 anos. Dejan e outros dois barroquenses, estão há milhares de quilômetros de distância da terra natal Barrocas, trabalham na instalação de bases para Aerogeradores (cataventos)de energia Eólica no Estado do Rio Grande do Sul na fronteira do Brasil com o Uruguai.
O barroquense contou que os trabalhos acontecem na cidade de Santa Vitória do Palmar, localizada há apenas 17km do Chuí, extremo Sul do pais.
A distância da família e dos amigos foi a principal dificuldade mencionada pelo operário, que também lembrou do frio e da dificuldade de conseguir transporte para a Capital porto Alegre; “A pior parte é está longe da família perdendo os melhores momento bom e está longe nas horas difíceis. Eu mesmo perdi uma festa da minha vó D.Maria, 70 anos, a família toda só faltou eu. Lamentou Dejan, para em seguida dizer que até se emociona em falar.
O armador Dejan disse que em breve vai está aniversariando, mas não sabe se poderar está com as pessoas que ama; “Faço 28 anos no dia 2 de dezembro, nem sei se vou está ai com a família é muito difícil cara essa vida da gente do trecho, ate mim emociono só de ta falado sobre isso”.
No barraco chegando do trabalho |
Dejan disse que ele e os companheiros, Edson Anjos e Geronimo dos Santos acompanham as notícias de Barrocas através do JNV e lamentam a onde de violência que tomou conta da cidade; “Sempre estamos vendo as notícias pelo jornal@nossavoz, ai tá perigoso quem era Barrocas a gente andava de madrugada hoje nem mas cedo você pode sair, não conto os dia que saia dai do Dany Lazer Center tarde da noite” recordou.
Num dos raros momentos de lazer - Praia do Rio Grande do Sul |
Milhares de Barroquenses estão distante de sua terra natal assim como Dejan Ferreira, a abstenção na eleição mostrou isso, dos mais de 12 eleitores, pouco mais de 9 mil compareceram às urnas para votar.
Os chamados trecheiros nem sempre tem o devido reconhecimento, os homens que deixam suas famílias e partem em busca de uma vida melhor, injetam mensalmente na economia da cidade recursos suficientes para aquecer a economia local, mas sequer são lembrados pelas autoridades políticas, nem mesmo um monumento há em Barrocas reconhecendo a importância desses homens para esse pequena cidade do interior do estado. Enquanto isso não acontece eles deixam suas contribuições pelo Brasil a fora, do Oiapoque ao Chuí.
@ Nossa Voz – Por Rubenilson Nogueira
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