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sexta-feira, 14 de março de 2014

Barrocas: Por que amamos tanto essa terra?

Praça da Matriz, Mercado Municipal.
Seguimos conversando com os barroquenses através do 'Quadro' lançado na quarta-feira (12), que busca homenagear Barrocas que está próximo de completar 14 anos da sua emancipação política. Nesse diálogos procuramos entender um pouco da paixão que os filhos desta terra sentem por ela: Porquê amamos tanto essa terra?

Patrício Oliveira de Queiroz, 36 anos, Digitador. 

Barrocas, “Estas escavações feitas pelas erosões” já criou algumas mil pessoas. Será que esse despenhadeiro que representa teu nome, Barrocas, é o que faz emanar tanta gente de bom coração? Eu sinceramente me orgulho muito desta humilde terra que proporcionou e proporciona os melhores momentos da minha vida. Fui gerado de um ventre e genitor abençoados por Deus e filhos natos deste chão. Minha herança meus pais atestam já em vida, sou rico... Enquanto muitos se desgastam tentando enriquecer financeiramente, este solo tem produzido todas as condições para aumentar a riqueza da minha vida que são: meus irmãos e irmãs (onze viu!), meus tios, tias, primos e primas dos vários graus, madrinha e padrinho, compadres e comadres, amigos e amigas, colegas de trabalho e meu mais recente tesouro: minha mulher, minha filha e meu novo fruto que está por vir, ou seja, minha riqueza é minha família com “sobrenome” – barroquense. Nesta pequena cidade é saudável dar um bom dia, boa tarde e boa noite. Abrir um sorriso, trocar palavras de momentos vividos, resenhas, desejos de boa sorte e/ou passar por cada pessoa e reconhecê-las. O duro mesmo é reconhecer que vinte e quatro horas é muito pouco para viver e reviver as várias aventuras com essa tua liberdade que testemunho: das brincadeiras de criança (que não vou listar para não ser injusto ao esquecer alguma); passando pela adolescência onde destaco, super marcante, recomendo aos estressados das cidades grandes, aliás, todos os garotos e garotas que “beberam desta água” ficaram com bastante sede ao retornar aos seus “enclausuramentos”; à juventude: das paqueras, namoros, amizades, passeios, grupos de jovens da Igreja Católica, festas juninas, réveillon, festas no Clube Social Recreativo de Barrocas, Clube de Campo Selão, entre outras festas, boas bandas, do esporte na sede e zona rural e da emancipação da nossa cidade; da atual fase jovem adulto, da responsabilidade com a família e trabalho, posso testemunhar teus prazeres: integração na sociedade, principalmente através da religião, na prática de esportes, mantendo um espaço para a música e cultura em geral, confraternizações com familiares e amigos... Barrocas, que neste 14º aniversário de emancipação, a essência humilde dos teus nativos possa abrandar os corações dos novos povos que são acolhidos no âmbito do teu território e que as novas gerações venham se apegar à simplicidade das tuas antigas famílias.

Neste sábado mais cidadãos e cidadãs barroquenses falarão sobre essa terra amada.

@ Nossa Voz - Rubenilson Nogueira

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