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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Nunca é fácil, mas sempre chega a hora da despedida.


Com a chegada dos visitantes, em sua grande maioria barroquenses que trabalham e vivem em outras cidades, as famílias tiveram dias felizes, a cidade ficou bem mais movimentada, o comércio aumentou e muito as vendas, um verdadeiro impulso na economia local, foram dias de muita festa, um tempo próximo da família dos amigos e parentes, mas como no ano passado, chegou a hora da despedida.


Passados os eventos e os dias de festa, chega o momento difícil, porém necessário, pois os profissionais são aguardados nas empresas onde trabalham e precisam retornar para mais alguns meses distantes.

Adriano e sua esposa Daniele
O barroquense Adriano Capistrano trabalha como Assistente Técnico na Construtora OAS, atualmente na construção do Parque Shopping em Maceió - Alagoas. Adriano vem a Barrocas várias vezes durante o ano para rever a sua família, mesmo assim não é nada fácil despedir-se da pequena filha Amanda 5 anos e da esposa Daniele. Neste ano ele não pôde passar o Natal com a família, Adriano conhecido como Cavalinho, chegou em Barrocas no dia 28 de dezembro para passar o réveillon, tendo retornado no dia 01 para trabalhar no dia 02 de Janeiro; “A sensação do pai de família que tem que abandonar a família para ir adquirir o pão de cada dia fora é horrível, você se sente vazio, você viaja com o coração partido, principalmente quanto agente tem filhos pequenos. Infelizmente a vida dos trecheiros é desse jeito, eu acho que todos nos trecheiros sofremos muito com essa situação, alguns dos nossos amigos ficam com a família e a gente tem que viajar, infelizmente ficamos com a sensação, mais a vida é assim mesmo temos que da graças a deus e seguir em frente”, disse Adriano.

Cleidson
A família também sofre com a despedida; “quando passo as festas longe do meu pai é ruim, pois queria ficar sempre próximo a ele, mas como sempre ele tem que trabalhar. Viaja pra longe de casa e a saudade bate, seguro a emoção e o choro, mas sempre tem aquele abraço quando ele chega com aquele sorriso, e fala: ‘Sempre é bom estudar filho, pois o mundo de hoje não é fácil’. Tenho orgulho dele.” Comenta Cleidson Oliveira, um dos muitos barroquenses filhos dos trabalhadores, chamados de trecheiros. 

@ Nossa voz – Por Rubenilson Nogueira

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