A feira livre é uma cultura humana muito antiga, estudiosos a responsabiliza o surgimento das cidades e também a consideram com o berço do capitalismo. A história de nossa cidade também é marcada pela feira livre que tem seu início logo depois do surgimento das primeiras povoações. Começou pequena, em baixo de uma árvore, mas cresceu e hoje gera renda, movimenta a economia local, oferecendo uma diversidade de produtos. Porém, esse patrimônio histórico e cultural pode está “com os sábados contados”, resultado de novos hábitos da população local. A feira no sábado está terminando cada vez mais cedo, além da circulação de pessoas ser menor no período.
Com a construção do Centro de Abastecimento os feirantes têm agora espaço adequado para vender seus produtos, isso facilitou também uma antecipação das vendas, que antes se davam no dia de sábado, para a sexta feira. O que colaborou para a diminuição do movimento no sábado. De inicio não há em vista nenhum problema, muitos até justificam que na sexta os produtos estão melhores, que já ficam despreocupadas no sábado, enfim que realmente facilitou a vida. No entanto essa mudança tem desequilibrado todo um ciclo econômico.
Se há menos pessoas no dia de feira (sábado), todo o comércio enfraquece, porque as pessoas não compram apenas um produto, elas entram numa loja, numa farmácia, numa lanchonete, se há menos circulação de renda, teremos menos empregos, menos renda e assim sucessivamente, ou seja, a economia não cresce, a cidade não se desenvolve. Além da questão de que geralmente os moradores da zona rural ainda costumam frequentar a feira no sábado, e já estão reclamando da queda na qualidade dos produtos naturais. O que fazer nessa situação?
Realmente é uma problemática a ser estudada com mais dedicação porque não se sabe se essas mudanças fazem parte de uma tendência normal na história ou se são especificidades de Barrocas. Será que não há medidas como decretos ou ações que organize a feira livre? Ou melhor, será que não podem desenvolver outras atividades econômicas que venha preencher essa lacuna? Só não se pode deixar nossa feira livre acabar, uma vez que ela é tão fundamental para a comunidade além de fazer parte da história. Esperasse com esse texto alertar a sociedade e as autoridades sobre o assunto, além de instiga-los a tomar medidas e soluções o mais rápido que se possa.
@ Nossa Voz - Por Antonio Zacarias
Estudante de Economia na UEFS
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