Foto: Blog Barrocas Bahia |
Nesta quarta-feira, 1º de Maio comemora-se o dia do trabalhador, porém neste feriado muitos pais de família barroquense está há milhares de quilômetros de distância, longe da família, dos amigos, amanhã, quinta-feira, retornarão ao batente sem sequer ter brincado com seu filho, almoçado com a esposa ou mesmo tomado uma cerveja com amigos mais próximos.
Está é a
realidade de boa parte das famílias barroquenses, e quem não necessita sair da
cidade para se aventura nos grandes centros muitas vezes por aqui não tem a
valorização devida. Sabe-se, portanto que o comércio local por mais que queira,
na sua grande maioria não dispõe de recursos suficientes para manter o funcionário
como manda a CLT, que hoje completa 70 anos, a cada dia os comércios se tornam ambientes
familiares, pois quem não quer se arriscar, sem poder pagar um salário mínimo e
tantas taxas que oneram a folha de pagamento, prefere contratar familiares, esta
situação poderia ser diferente e mais empregos seriam criados se os
administradores instituíssem leis que obrigassem as grandes empresas que atuam no
município, construtores, prestadores de serviços, dentre outros, a registrar o
trabalhador local, assim impulsionaria a economia e logo o comércio ganharia
fôlego para também poder reconhecer o seu colaborador, crescer e gerar renda.
Sabe-se
que a forte ligação entre políticos e empresas que faturam milhões, desde que a
cidade foi emancipada, faz com que os benefícios coletivos sejam suprimidos em
favor de vantagens particulares, resultados é um sistema que favorece uma
minoria que a cada ano infla seus patrimônios e condena uma maioria que precisa
sair da cidade na busca da sua sobrevivência, pois do contrário estará fadado à
ficar atrás do balcão profissão nobre, porém sem as mínimas possibilidades que
ex-balconistas encontram para virar mega empresários. Coisas da política!
A
realidade do trabalhador barroquense é preocupante, nem mesmo quem deveria
defender esta bandeira se dispõe a colaborar, o fascismo político leva
políticos filiados a partidos de esquerda como o PT a se calarem diante da
situação, talvez para não criar “embaraços” em setores que historicamente o
partido se opôs, pois naquela ocasião defendia a classe que deu origem a sigla,
OS TRABALHADORES.
Neste dia
nos resta renovar as esperanças, trabalhar amanhã motivados, seja qual for a
nossa função ou cargo, como trabalhadores somos molas propulsoras deste Brasil,
desta Barrocas, NOSSA, e assim sabendo da nossa importância seguiremos em
frente.
“...infelizmente
hoje vejo gente filiada ao Partido dos Trabalhadores em Barrocas que preferem sentar
para negociar com magnatas e poderosos do que com os homens das mãos calejadas
que um dia parou o que fazia para ouvir o que agente falava, enquanto os poderosos
riam da gente...”
"Aquele que trabalha com suas mãos é um
trabalhador manual; aquele que o faz com suas mãos e sua cabeça é um artesão,
porém aquele que trabalha com mãos, cabeça e coração é um artista." (Louis
Nizer)
Por Rubenilson Nogueira
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