O Colégio Estadual Professor Plínio Carneiro de Barrocas completa em novembro 28 anos de funcionamento e uma instituição com essa idade tem muita história para contar. Já teve seus momentos de glória e reconhecimentos, porém construiu sua caminhada com dificuldades. Nos últimos dias mais um episodio dessa longa trama está sendo escrito, a divulgação da nova diretoria da escola tem levantado discussões sobre o futuro da escola, as ações de emergências que a mesma necessita, ou seja, os desafios da escola em sua terceira década.
Deixando o passado para outro escrito e buscando esmiuçar esse novo capitulo apresenta-se os fatos: segundo informações vindas de funcionários da instituição, a última diretora até então Ana Cecília foi exonerada e o Professor Denilton Avelino passou a ser o novo diretor. Nos mesmos relatos foi-se informado que não houve nenhuma eleição para que fosse escolhida nova direção e que o ocorrido tem possíveis envolvimentos com a política local.
Não se trata de algo ilegal, até porque se refere a cargo de confiança e sendo assim, o representante da DIREC “tem autoridade” para tal, o que se parece. Porém a discussão não se atrela a esse vértice, mas sim, se era o momento ideal para a troca da diretoria, como também se não tinha outros nomes a serem indicados, visto que um dos pontos positivos defendido por parte da população é que o novo diretor é barroquense e como esse, Barrocas possui outros profissionais com igual capacidade. Talvez esteja na vontade da participação popular, a explicação dessa indagação.
Esse assunto requer muitas linhas, o que num simples texto de redação não é apropriado. Então, primeiramente é necessário que entre a população haja discussões construtivas a cerca da pauta. E daqui, exponho e proponho o que gostaria de ver realizado no “Plínio” ou CEPPC, como queiram chamar. Então, já virou motivo de piada, no entanto trata-se de um tema sério que é a qualidade da educação oferecida nessa escola. Infelizmente vários alunos chegam ao terceiro ano do Ensino Médio sem saber as 4 operações, visto que os mesmos só deveriam passar para o 6º ano/ 5ª série do Ensino Fundamental se já soubessem adicionar, subtrair, multiplicar e dividir, (no mínimo).
Se o Ensino Médio é preparação para o vestibular, como é que passa num processo seletivo assim? Não quero aqui isentar o aluno de suas responsabilidades, nem também generalizar que todos irão fazer vestibular após a conclusão, mas esses descasos desestimulam e restringem qualquer pessoa.
Para isso fica a sugestão, que o novo diretor continue o trabalho da antiga diretora, mas que alargue suas ações, busque resolver essas questões principalmente. Que haja maior cobrança na DIREC 12 afim de melhorias, como mais professores, mais recursos e novos métodos de ensino. Que a nova direção se comprometa com todos os alunos, colabore para com a Democracia e lute contra o comodismo da máquina pública. Porque apenas números de formados em Ensino Médio não significa que o estudante saia consciente de seu papel na sociedade e capaz de ingressar numa faculdade. Por fim, que haja também um comprometimento maior no Ensino Fundamental, pois aprovar aluno sem condições para tal só para ter IDEB alto é atitude de político corrupto e população indiferente. Vamos fechar a educação para balanço, organizá-la e dai quebrar os cadeados!
Antonio Zacarias Batista de Oliveira
Ex-aluno do CEPPC
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