Fonte: onordeste.com |
A seqüência de matérias apresentadas no periódico, (Jornal Impresso) dando ênfase a música e a sociedade, trazendo letras de músicas e associando com a realidade, no mês de junho não poderia ter outro personagem, pois ele é único e imortal, o Rei do Baião Luiz Gonzaga. Só que desta vez será um pouco diferente, trazendo um pouco da vida do nosso maior sanfoneiro que completaria 100 de vida.
No dia 13 de Dezembro de 1912, nasce na fazenda Caiçara o segundo dos nove filhos do casal Januário José dos Santos e Ana Batista de Jesus (Santana) que recebe o nome de Luiz (por ser o dia de Santa Luzia) Gonzaga (por sugestão do vigário) Nascimento (por ter nascido mês de nascimento de Jesus Cristo).
Em 1920, com apenas 8 anos de idade substitui um sanfoneiro em festa tradicional na fazenda Caiçara, no Araripe, Exu, a pedido de amigos do pai. Canta e toca a noite inteira e, pela primeira vez. A partir daí, os convites para animar festas - ou sambas, como se dizia na época - torna-se freqüentes.
Fonte: delou-chiquito.com |
No de período de 1930 (onde aumentou sua idade para poder ser convocado pelo exército) a 1939, fez parte da missão militar pelo Brasil. Em 1933 foi reprovado em um concurso para músico por não conhecer as notas musicais, pois tocava de “ouvido”. A partir daí começa sua busca por uma sanfona de 120 baixos, já que treinava com uma de 48. Ludibriado por um caixeiro-viajante, foi a São Paulo para pegar a sanfona de 120 baixos, mas chegando lá descobre que tinha sido enganado.
Em 1939, no Rio de Janeiro, da baixa nas Forças Armadas, e antes de voltar para Recife, começa tocar na sua sanfona Honner, estilos como valsas, tangos, choros, foxtrotes e outros ritmos da época, além de imitar outros artistas já consagrados. Com apresentações em rádios como calouro, acaba tirando nota máxima com um chorinho da sua terra natal, sendo reconhecido pelo talento e originalidade. Assim, conseguiu fixar na Rádio Transmissora, suas músicas e suas histórias da realidade nordestina.
Capa Disco Asa Branca |
1941 é o ano onde Gonzaga grava seu primeiro disco (78 rotações), a partir daí fica reconhecido como “o maior sanfoneiro do nordeste, e até do Brasil”. Já 1947, grava seu maior sucesso “Asa Branca”. A consagração de Rei do Baião veio em 1951 e daí por diante, muitos sucessos faziam parte do seu repertório sempre com parcerias feitas ao longo da carreira, como: Humberto Teixeira, Zé Dantas, Sivuca, Carmélia Alves, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, Marines, entre outros.
Durante muitos anos ganhou prêmios, lançou vários discos e LPs, shows... Mas no dia 02 de Agosto de 1989, veio a falecer em Recife, deixando meio artístico triste com sua partida e empobrecido de canções sinceras e eternas. Um nordestino que conquistou o Brasil com sua simplicidade e seus “causos”.
Esse é o ano do centenário do Rei do Baião, e é por isso que todos prestam homenagem a este grande homem.
Marcos
Tripa
Fonte:
www.luizluagonzaga.com.br
Texto publicado na Edição de Junho do Jornal @ Nossa Voz Impresso.
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