Seguidores de Gonzaga. (Raimundo Sanfoneiro) |
Dizem os moradores mais antigos
da comunidade de Boa União, que certo dia um surgiu na região, senhor dirigindo
o Jeep, ele parou a beira da estrada para pedir informação. O homem seria Luiz
Gonzaga que queria chegar à cidade de Ichú onde realizaria um show. Assim que
recebeu a orientação para chegar ao destino o Rei do Baião, conforme conta-se,
perguntou se o informante não estava lhe conhecendo, ao receber o não como
resposta, disse; “sou Luiz Gonzaga”.
Gonzagão completaria no dia 13 de
dezembro de 2012, 100 anos, por isso em todo o Brasil a quinta-feira foi
marcada pelas homenagens merecidas ao mais ilustre nordestino, e olha que
depois de Luiz Gonzaga veio o Luiz Inácio, também conhecido por Lula, apelido
dado a Gonzaga por seus pais, Januário e dona Santana.
Uma destas homenagens aconteceu ontem
na Casa do Sertão, Celso Coelho reuniu os amigos, e amantes de cultura para
contar através de versos um pouco da história musical do Rei, coube à dupla
Antonio Queiroz e Antonio Pedreira, tirar da viola o som que Luiz tirava da sanfona,
não tanto quanto seu Pai Januario mas o suficiente para conquistar o mundo.
Falando em Sanfona, ela não se
absteve da festa, foi Raimundo quem relembrou dos tempos antigos em época moderna,
e fez o povo balançar o esqueleto com um trio formado por ele na sanfona, um
zabumbeiro e o homem do triângulo, formação inventada por Gonzaga, era assim
que ele se apresentava nos circos.
Celso como surpresa revelou o museu
da Casa do Sertão, um sonho realizado, uma conquista para Barrocas, tudo isso tinha
que ser num dia especial como o centenário de Luiz Gonzaga. Cerca de 300
pessoas estiveram presentes para se unir a Celso, Alzamira e família e juntos
aplaudir o homem que cantou Aza Branca contando a história do sertão.
Museu da Casa do Sertão. |
Por Rubenilson Nogueira
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