Páginas

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Talvez seja melhor guardar a caneta, desligar o computador e calar a boca.

Quando o fantasma da “mordaça” voltou a pairar por nossa cidade, quando a ameaça à liberdade de expressão ressurgiu parei e refletir. “Esse filme outra vez”!
Quer queira quer não, já estamos indo de encontro ao que diz o capítulo XI - Artigos, 234, 235 e 236 da Lei Orgânica Municipal. Já no pleito eleitoral os políticos começam a ter vantagens sobre nós, a eles são dados direitos a nós eles são tirados, um deles o direito à informação.
Eles têm o direito de se candidatar a cargos públicos, a imprensa não pode ou pelo menos querem que ela não possa dar referências deles em se tratando das suas gestões e ouvir as propostas, debate então, sem pensar.
Quem administra a cidade já é criticado por folhas, erros que a sua administração comete, mas quem não está sentado na cadeira não aceita ser criticado. Vibra quando a gestão é motivo de reportagem “negativa”, mas se estressa quando é citado, quando lembramos do seu tempo na "cadeira".
Quando uma doméstica procura emprego, a dona de casa que quer os serviços logo liga para a última casa onde a candidata já trabalhou, e procura saber como eram os seus serviços, como tratava os filhos da ex- patroa e se era de confiança, ou seja, se não se apropriava dos objetos e dinheiro alheio. A contratação só acontece se ela tiver boas referências.
De posse da referência, não importa se é positiva ou negativa, não se busca saber se a patroa gostava da funcionária ou não, se era gentil e justa, se tinha uma boa relação ou não. Esta informação pode estar deturpada, mas ela é crucial na negativa da contratação, se a referência é negativa dificilmente a candidata conseguia o emprego.
Alguns políticos não aceitam que mostremos a população as suas práticas quando estavam no exercício do mandato, eu gostaria de dizer, por exemplo, como alguns políticos tratavam a saúde, como era a segurança, como era a relação com os mais necessitados e como se tratava os “abastados”, eu gostaria de aguçar a memória das pessoas sobre o tratamento dado as datas religiosos na cidade, eu tinha muita coisa para falar, mas infelizmente estou sob ameaça de perder as coisas mais importantes no exercício do meu trabalho, a caneta, o computador e a voz, e olha que de CANETA eles, (os políticos) entendem muito.
Por tudo isso não pude ficar inerte, pois já me dizia um amigo; “no futebol a melhor defesa é o ataque”.
Por Rubenilson Nogueira

2 comentários:

  1. O Poder Legislativo foi criado para representar o povo, a população perante o Estado, aqui é o contrário até quem se diz representar o povo está mesmo é contra. Olha se a LOM de Barrocas assegura esse direito de sigilo aos políticos, não foi o povo que quis assim não. Conte-me outra!! E mais, por que ficar com medo da imprensa? Quem não deve não teme, a Constituição Federal nos garante no artigo 5° o direito de comunicar e principalmente se o assunto for público. Continua Rubenilson fazendo seu trabalho, pois as pessoas precisam do mesmo, é ditadura é, pra não poder expressar opinião, não afirmo nada até por que disso não tenho fundamentos no momento, mas sei de uma coisa lei nenhuma, nem código, nem regimento ou estatuto que seja,podem ir de contra a CF, e se a mesma nos garante o direito de expressar a opinião ninguém pode nos tirar isso.

    ResponderEliminar
  2. Rubenilson, vá em frente com sua missão de informar e formar à opinião pública. Mas, dado o caráter de seu jornal da mídia e do blog, precisa um pouco de profissionalismo na difusão das notícias. Em se tratando de noticiário relativo à política, tem-se que relatar os fatos com objetividade sem opinião pessoal tendenciosa.
    Ao relatar opiniões de terceiros, tem-se que relatar os prós e os contras com objetividade e fidelidade, identificando quem expressa cada opinião. Nada de anonimato. Tem que revelar o autor da opinião e usar suas palavras textuais entre aspinhas ("").
    Em caso de o redator querer expressar suas opiniões pessoais, tem todo o direito, mas é bom fazê-lo em uma coluna especial, não dento do texto da notícia.
    Em caso de alguém se sentir ofendido, mal entendido ou injustiçado, seja-lhe dado o direito de resposta, de se justificar, esclarecer e de reparar qualquer erro ou injustiça.
    Rubenilson, sei que você sabe essas coisas, mas não faz mal relembrar. Vá em frente com sua missão. O jornal e blog @ Nossa Voz presta um bom serviço à comunidade.

    ResponderEliminar