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quarta-feira, 6 de junho de 2012

O FUTURO DE NOSSA DESILUSÃO

“Barrocas evolui pelo que perde e não pelo que ganha”.

Sempre houve uma desmontagem continua de ilusões históricas. Este é o nosso torto processo: ilusões perdidas, com a historia em marcha á ré, estranhamente, andamos para frente, e Barrocas se descobre por subtração, não por soma. Chegaremos uma vida social mais civilizada quando as ilusões chegarem ao ponto zero. Por isso acho muito boas as decepções recentes. Elas nos fazem avançar mesmo de lado, como siris do mangue.

Nos anos 90, tivemos as desilusões com nossa vizinha Serrinha, aprendemos com os lampiões a sair dessa dependência da mesma. Em 2000 nos tornamos a realidade, independentes acreditávamos que já estávamos livres das truculências, pois ‘’a democracia teria chegado substituindo todas as sujeiras’’ e possibilitando avanços. No entanto não entenderam que a democracia não é um meio, mas um fim em si mesmo: Ou seja, até entendem, mas não a querem. Tudo que construíram com sua invejável fé patrimoniais de estado público, com a desculpa de que ‘’em vez dos burgueses de serrinha mamando na viúva, nós, do povo, nela mamaremos’’. E tudo isso em nome do raciocínio feudal deslumbrado lutando por si mesmo.

‘’Eu sou do povo, logo luto pelo povo’’. Ou seja, costumes de 100 anos atrás! Estamos diante do momento histórico gravíssimos, com dois tumores gêmeos: Do lado direito atraso, lado esquerdo atraso. Acredito estes engarrafamentos de escândalos envolvendo os ‘’lideres’’ deste município, mostra que tem havido um avanço em nossa consciência critica. Estamos bem menos ‘’alienados ‘’, por mais que se destruam os órgãos públicos desta amada Cidade, as conquistas da democracia não vão sumir por conta da maior complexidade dos senhores dos “engenhos cerebral” da política desta Cidade.

Por Cícero André
Barroquense vivendo em São Paulo

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