Viva o Brasil de Brogodó

Muitas vezes ouço dizer que é normal administrar com trambique e que, todo mundo é trambiqueiro, e ainda que, se um dia eu pudesse ser prefeito, faria o mesmo que os outros fazem. Eu discordo, mas no meu subconsciente surge uma dúvida, será?

Outro dia fui procurado por um senhor agora com 60 anos residente na sede de Brogodó. O senhor querendo aposentar-se me pediu que fosse ao INSS em sua companhia para testemunhar como que ele fosse residente e trabalhador na zona rural. Veja que situação, se eu topo, seria falso testemunha e estaria compactuando com o trambiqueiro.

Outra ocasião, foi um cidadão que trabalha na capital na construção civil e é pastor de uma igreja evangélica em nossa Brogodó que me procurou, ele queria ficar três dias ausente do trabalho. Sabendo da minha amizade com o Rei Augusto, o homem me pediu para falar com ele para conseguir um atestado médico para cobrir sua falta na firma. Outra vez se eu faço sua vontade, estaria compactuando com um trambique e também seria um trambiqueiro.

O pior é que estes dois cidadãos vivem me dizendo que o Coronel Timóteo está rico fruto dos roubos que fez quando foi Prefeito de Brogodó e que o atual prefeito quer ser santinho, mais também é ladrão e por aí vai.

Se os prefeitos fossem mesmo trambiqueiros e ladrões, qual a diferença para estes cidadãos? Em muitos casos o gestor erra para agradar o eleitor, foi o que aconteceu aqui em Brogodó um dia desses.

Um determinado grupo organizou um evento que foi realizado pelo Prefeito Patácio e o capitão Herculano, segundo o apresentador que estava no palco, mas, na verdade as despesas foram pagas com o dinheiro de uma falsa reforma em duas das Praças de Brogodó. Contudo, ficou o grupo satisfeito o Prefeito e o Herculano com fama de bonzinhos e generosos.

Sem saber a verdade o povo de Brogodó fica comendo gato por lebre achando bom e por isso viva o Brasil.

Por Gelson da Farinha