Começou a campanha eleitoral inédita em Barrocas.

Será a primeira vez na história de Barrocas (desde que virou cidade) que não teremos uma campanha eleitoral para Presidente e Governador em que a disputa não se dará entre o Elefante e a Formiguinha.

No primeiro mandato de Edilson como prefeito, ele em 2002 praticamente não tinha adversários para a disputa da eleição já que até o principal adversário derrotado também fazia parte do “Carlismo” que dominava a Bahia na época, as diferenças se davam apenas nas opções para Deputados. Para presidente o Grupão a pedido de ACM votou em Ciro Gomes e para Governador Paulo Souto. O PT também tinha sido derrotado na eleição municipal seria assim o único adversário, o partido sem recursos fez uma campanha simples mais com empenho, até um comitê foi aberto. Para Presidente Lula e Governador Jacques Wagner, Dep. Federal Pinheiro, Estadual Valdir do Som de Serrinha.

Nesta eleição Lula no segundo turno se torna Presidente do Brasil obtendo uma expressiva votação em Barrocas, petistas felizes, só que os candidatos apoiados pelo prefeito em nível Estadual e Federal foram todos eleitos, Governador, Senador e Deputados Estaduais e Federais. O Governador eleito foi Paulo Souto, Wagner derrotado nas eleições foi nomeado por Lula Ministro do Trabalho.

Nas eleições de 2006 as coisas começaram a mudar, mas a disputa ainda aconteceu entre o Elefante e a Formiguinha.

O Presidente Lula buscava a reeleição e Wagner tentava eleger-se governador da Bahia. Em Barrocas o cenário era o mesmo, apenas o PT apoiava a chapa Lula e Wagner. O Grupo Barrocas Livre apoiava para Presidente Geraldo Alckmin e Paulo Souto que buscava a reeleição para Governador. Outra vez sem recursos mas contando com mais visibilidade pois tinha elegido um presidente na eleição anterior o PT caminhava só, pelo menos no primeiro turno.

Neste ano Lula ganha em Barrocas, Wagner perde por poucos votos mais se torna já no primeiro turno o Governador da Bahia. O Grupão sai da eleição nocauteado, continua sem Presidente e para piorar perde o Governo do Estado, e ainda não elege o Deputado Estadual já que o PT conseguir ampliar o número de votos nos seus candidatos.

No segundo turno para presidente o PT de Barrocas ainda feliz com a vitória no estado recebe o apoio dos tradicionais adversários de Edilson, estes ao chegar garantem que já tinham votado em Wagner. Os santinhos diziam o contrário, pois viam já preenchidos, e como os deputados apoiavam Souto lá não tinham o 13 entre os números.

Nesta eleição Bira Coroa candidato a Deputado Estadual foi apoiado por Dr. Narciso, outra parte do PT votou em Osni para Estadual, hoje prefeito de Serrinha.

Começa a campanha para as eleições de 2010, e com muitas novidades.

A campanha eleitoral em Barrocas ainda é tímida, por incrível que pareça quem brada pra lá e prá cá com adesivos vermelhos e carros de sons em sua maioria não são os tradicionais petistas. Agora a situação é a seguinte, Edilson antes soberano vê o seu candidato cair nas pesquisas, e pra piorar tem que aceitar gente ligada a ele declarar votos em Wagner do PT.

O panorama é outro, hoje o PT continua sem recursos para fazer a sua campanha, mas ganhou reforços, conta com o apoio do prefeito que declarou voto em Wagner, pois o Governador beneficiou e muito a cidade segundo o próprio Gestor tem dito. Outros políticos adversários de Edilson e até do PT Municipal agora são petistas de carteirinha na tentativa de ressurgir das cinzas como uma “fênix”. Edilson Ferreira é o único a apoiar Paulo Souto, todos os demais grupos ou grandes lideranças se não apóiam o atual governador preferem o silêncio.

As formigas continuam pequeninas, mais já contam com apoio de outros seres da floresta, talvez pequenos também, mas numerosos e influentes no mundo animal que é a política. Talvez um deles seja o camundongo que mesmo pequeno assusta o grande elefante. Como todos sabem os dinossauros foram extintos da política brasileira, e não foi diferente na Bahia, mais os elefantes apesar do atual momento não podem ser subestimados, pois ainda tem suas bases.

A cada pleito o eleitor fica mais confuso,coisas da política, é por estas e outras que não devemos exceder os limites numa campanha eleitoral, não devemos guardar mágoas de época de “voto”, pois quem hoje é edversário amanhã é aliado, e que hoje tá no poder amanhã não o terá.

O que percebemos é que o eleitor não tá, mas preso a escolha do um que induz o voto no candidato A ou B, o eleitor de hoje faz as suas próprias escolhas.

Por Rubenilson Nogueira.