A política das pequenas cidades tem de tudo, o conselheiro, o marqueteiro, o espalhador de conversa, o traíra, o puxa saco, o apaixonado, o leva e traz e o que come dos dois lados, dentre outros personagens bizarros. Nas esquinas, nos bares e até em frente às casas vai e volta o assunto mais comentado é a “conjuntura” política da cidade, entre os mais ligados há aqueles que se acham os “doutores” da estratégia, imaginam que com suas análises e conselhos irão levar o seu candidato ao poder, ou a ampliação dele e sempre um dos personagens acima está de plantão, ligadíssimo. Tem aqueles que não aceitam críticas ao seu “padrinho”, e se insistir pode acabar em briga, mas só vale a pena engrossar o tom da voz se o personagem principal estiver por perto para transmitir o grande feito ao “coronel”, “patrão”, padrinho. Há também aquele que torce contra, e para ele quanto pior melhor, só vê problemas, não reconhece pontos positivos, nada tá bom para ele, não perde a pose apesar de não ter mais coroa e não ser mais um galã. Política no Interior é assim todo dia tem novidade são comentários e boatos que surgem a toda hora, especulações sobre a formação da eleição de 2012 já estão na pauta do dia, entre um cafezinho e outro, há até tentativas de unir antigos inimigos mortais. Nas cidades da região aconteceu quase tudo igual a nossa, um detalhe diferente e que talvez seja único é que hoje praticamente só exista um grupo político aqui, ou um grupão que estar interligado com grupos pequenos e lideranças independentes. Numa análise bem profunda você leitor, vai perceber que todos os políticos da cidade estão ligados uns com os outros na atual conjuntura, mesmo os maiores rivais, tipo os conhecidos Tom e Jerry do desenho animado. Esta situação tem criado uma série de fatos e acontecimentos nunca vistos na história desse país, ou melhor, na história dessa cidade. O tão comentado racha se é que vai acontecer só mostrará as tais rachaduras faltando poucos dias para a eleição, não há deste ano, mais há de 2012. Pode até aparecer em conversas de balcão umas abobrinhas mais não passa de cotovelos doloridos, ânimos exaltado, logo logo todos estarão juntos, seja tomando um cafezinhos ou almoçando entre “amigos”. E o Tom? Há ele vai brincar de ser gato. Por enquanto ninguém é adversário, uma aparente brisa do amor fluir no ar, até mesmo as divergência em relação à eleição de outubro, não passa de escolhas, é a tal democracia. Acostumado em ver o Tom perseguindo o Jerry já tem gente dizendo que esta paz entre os dois se é que existe perece mais uma tentativa de acabar com o sossego do pequeno Piu-Piu. Será? Não podemos esquecer que de bobo o Piu-Piu não tem nada, e sempre vence o gatuno no final. Será? E tem mais, entre um passarinho e um ratinho, o gato come o rato e fica vendo o passarinho voar cada vez mais alto, mais sempre buscando o momento de dar o bote.
Nos simples telespectadores apenas assistimos a cada episódio, sem controle remoto no momento, nem podemos mudar de canal.
Por Rubenilson Nogueira.
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